O Legado Rosacruz
Há perguntas que desde as origens da humanidade são feitas: quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? A vida para que serve? Tem algum propósito?
O legado Rosacruz esboça respostas para muitas dessas perguntas. Mas respostas que não são definitivas.
Dentro da tradição esotérica que caracteriza a Ordem Rosacruz, a abordagem destas questões ultrapassa o plano meramente intelectual sendo, por isso, necessário que se estimule a busca sincera através do desenvolvimento das potencialidades latentes em todo o ser humano, sejam elas físicas, mentais, emocionais, psíquicas ou espirituais.
Já na antiguidade remota os buscadores se reuniam em espirito de fraternidade e de plena liberdade, com o intuito de debater assuntos que resultavam dos seus trabalhos individuais, muitos deles resultantes das suas convicções mais intimas, quantas vezes sopradas pelo trabalho místico a que se dedicavam.
O ideal da fraternidade Rosacruz foi dado a conhecer ao mundo através de três Manifestos surgidos no Início do Séc.XVII: o “Fama Fraternitatis” (1614), o “Confessio Fraternitatis” (1615), e “As Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreutz” (1616). Se com o Fama a existência dos Rosacruzes chega ao conhecimento da sociedade, já com o Confessio, os seus propósitos são enumerados.
De entre esses propósitos ressalta o reforço do espirito da fraternidade entre os seres humanos, seja através da cura dos males do corpo, seja através do amparo aos mais necessitados. Em todos os casos apelavam à união em torno de uma obra comum que conduzisse a um mundo melhor, no qual a Paz Profunda dos justos imperasse. Essa Paz Profunda só possível com a regeneração dos seres humanos, com a transmutação da linguagem do ego na linguagem do Amor, enfim, com a verdadeira alquimia mental e espiritual que transforma a ideia das partes na ideia do Todo.
Vem desde as Escolas de Mistérios do Antigo Egipto, nas quais os Rosacruzes têm a sua génese tradicional, a ideia de que todos os homens fazem parte de uma grande família, de que todos somos irmãos e que devemos fortalecer os laços de fraternidade.
A Ordem Rosacruz – AMORC, assume-se como uma organização fraternal, constituída por pessoas que acreditam que a felicidade e realização de cada ser humano está em poder contribuir para a felicidade dos outros e para um mundo melhor. Se muitos seres humanos desconhecem esta sua Missão é porque a terão esquecido e, daí, a necessidade de fazer a Alquimia da fraternidade através do auto-conhecimento, o qual se consubstancia, também, no relacionamento com os outros, no confronto e na aceitação das diferenças: porque cada ser humano é um exemplar único e porque os outros nos mostram, e demonstram, a personalidade que somos.
Vem desde as Escolas de Mistério do Antigo Egipto, nas quais os Rosacruzes têm a sua génese tradicional, a ideia da existência da Grande Fraternidade Branca, que vela pela preservação da humanidade e que nos inspira na escolha dos caminhos da Paz.
Assim seja!
Grande Conselheiro para Portugal – PT1
gc.rcportugal@amorc.org.pt